sexta-feira, 6 de agosto de 2010

O essencial


"Hoje pensei sério: se me perguntassem o que mais desejo na vida, não saberia responder. Quero tudo. Mas esse tudo é tão grande, tão vago, que me sinto estonteado. É preciso ir limitando meu sonho, apagando as linhas supérfluas, corrigindo as arestas, até restar somente o centro, o âmago, a essência."

Caio Fernando Abreu.


Simplesmente entre as inúmeras coisas nas quais concordo com a maneira de Caio ver o mundo, a lição que mais levo a diante dele é a de deixar apenas o essencial de mim, porque o essencial é que é importante.
Porque depois de me desprender de tudo , o que sobrar é sempre o mais necessário e verdadeiro de mim mesma.
Porque definitivamente ninguém me entende tão bem quanto ele. E se ele pudesse me ouvir, eu diria: Obrigada Caio, por compartilhar comigo e com tantos outros admiradores as suas dores que de tão sublimes, acabam por se tornar nossas. Sempre, sempre Caio Fernando Abreu.

sábado, 31 de julho de 2010

Irresoluta

To me mordendo por dentro. Qual é o meu problema? Por que diabos meu coração está batendo assim, taquicárdico? Ora bolas, será por você? Não é possível. Onde está a mulher de gelo, de pedra, a mulher toura que sou. Acho que ela se perde absolutamente dentro de mim mesma quando vejo seu sorriso, seu jeito engraçado de bagunçar o cabelo, quando ouço o seu vocabulário de garotão ou quem sabe, seu eterno jeito de menino mimado que me deixa assim: boba e encantada. Mas não tão encantada quanto, quando você põe o pronome possessivo (sua) à frente dos apelidinhos carinhosos que a todo tempo inventamos. Ou quando você banca o protetor. Meu protetor. E foi mais o menos assim, bancando o meu Salvador da Pátria, que nos descobrimos de verdade, você se lembra? Me prendo aquela lembrança como criança se prende ao último doce do pacote. Sabe por quê? Porque sei que logo, logo essas lembranças, essas sensações e emoções acabam, mas para não me esquecer de algo bom (porque você foi, é e sempre será algo bom, muito bom na minha vida) guardo a lembrança. Podem me chamar de pessimista, anti – romântica ou de mal com a vida, eu não ligo, afinal quem terá que sarar as feridas futuras será eu. Mas sigo assim, do meu modo, em modo de defesa para poupar dores futuras. Aprendi com o tempo. E estou bem e feliz assim, obrigada! Mas quero que saiba, se algum dia vir a ler esse texto, ou se tiver a capacidade de se reconhecer ao ler esse texto, que você é parte de mim. Você me faz rir, faz eu me sentir segura, confiante, linda e inteligente de um jeito que ninguém conseguiu me fazer ser em todo esse tempo. Você me dar um amor puro, carinhoso e sem melo dramas, eu é que estou acrescentando o drama como sempre! Mas você não, sempre quis o básico, simples e bonitinho. E isso é que eu gosto e admiro em você, esse jeito largado de ver o mundo e viver nele e isso lhe basta. Admiro a sua capacidade de se desligar desse mundo com tanta facilidade, de ser tolerante calmo e passivo com as coisas a sua volta, não porque seja relapso, mas por sabedoria. Meu menino homem. Me ensina tanto, me suporta e me entende. Meu amigo. Meu bom e pra sempre amigo. Porque apesar de eu acreditar que o pra sempre não exista no amor, ele existe na amizade e além e acima de qualquer coisa, você é um grande amigo. Desculpa se sou dramática e gosto de colocar sempre mais “tempero onde não precisa” , mas esse é o meu jeito e você já o conhece, sabe que somos incompatíveis e opostos na medida até do impossível. E esse entre inúmeros outros, é um defeito meu. Se todos os outros eu fiz questão de esquecer você, eu faço questão de lembrar sempre. Mesmo depois que acabar. Te prometo! Quero poder contar a alguém um dia que tive um amor, que não me machucou, mas que por receio e medo meu, acabou antes mesmo de começar. Acho que a gente acostuma com o de sempre e quando vem o incomum dá medo, sabe?! Desculpa por eu ser fraca e nem ao menos tentar. Desculpa por ser assim tão egoísta e tentar poupar a mim mesma e nem ligar pra você. E eu que sempre achei que era forte, não é mesmo? Sempre me comparando a você e mostrando o muque. Mas esse tipo de força que é necessário é maior, é mais poderosa e sinto muito, eu não tenho!
"Que você acredite que não me deve nada simplesmente porque os amores mais puros não entendem dívida, nem mágoa, nem arrependimento. Então, que não se arrependa. Da gente. Do que fomos. De tudo o que vivemos. Que você me guarde na memória, mais do que nas fotos. Que termine com a sensação de ter me degustado por completo, mas como quem sai da mesa antes da sobremesa: com a impressão que poderia ter se fartado um pouco mais. E que, até o último dia da sua vida, você espalhe delicadamente a nossa história, para poucos ouvintes, como se ela tivesse sido a mais bela história de amor da sua vida. E que uma parte de você acredite que ela foi, de fato, a mais bela história de amor da sua vida"


P.s: Eu te amo.
#Texto Fictício.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Reduzido aos melhores


Posso confessar que hoje em dia não tenho muitos amigos. Antigamente certamente eu teria. Vários por sinal. Um amiguinho para ir a festas, para tocar figurinha, pra ir ao cinema, comer pipoca, amiguinhos da aula de banca, da escola, da aula de inglês... Enfim, para qualquer atividade minha existia um amigo, ou até mesmo vários amigos. Mas cresci e acabei por perder esses vários amigos... Crescendo e ficando chata poderia ser a resposta para essa questão, afinal, não sou mais tão legal, meiga e fofa do que já fui há alguns anos atrás, eu confesso. Mas isso não vem ao caso. Eu acredito que a resposta que soluciona essa questão é simples e pratica: EU AMADURECIR. È isso mesmo. Simplesmente percebi que não adiantava ter inúmeros amigos, para várias ocasiões se eles realmente não valiam à pena. E a partir do momento que você passa a ficar mais critica em relação a isso, o que antes eram muitos hoje se contam nos dedos. Os amigos de hoje, caro colega, eu posso contar nos dedos, sem ajuda dos dedinhos dos pés, que fique claro. Mas posso lhe garantir que não me arrependo em hipótese alguma de ter-los reduzidos, pois somente os verdadeiros continuaram comigo. Continuaram ao meu lado em momentos alegres ou tristes, em momentos que meu desespero beirava a loucura, onde senti que não possuía mais chão, onde minhas risadas envergonhavam a todos a minha volta, menos a eles, que riam também só para me acompanhar, que me defendem com unhas e dentes e que são os irmãos que eu mesma escolhi. São a eles que recorro em qualquer ocasião. Eles são a minha base, são os responsáveis algumas vezes pelos meus erros e sempre pelos meus acertos, pois se acerto, é porque tenho o apoio deles. Sempre enxergam o problema ou a solução nos meus olhos, me impõe limites e às vezes me tiram-no. Eles são essa contradição do sim e do não, do pode e do não pode. Eles são a melhor parte de mim. E por isso os agradeço, não somente hoje, mas todos os dias por estarem em minha vida e me fazer feliz, mais completa e melhor a cada dia que passa.

Sei que os meus verdadeiros amigos não precisam ser citados. Vocês se reconhecem no que acima foi descrito. Vocês sabem a quem me refiro. Porque os que a mim são importantes, sabem que são.
Eu amo muito vocês!

Texto especialmente dedicado a Bruna Larissa, por completar hoje mais um aninho de vida. Parabéns minha amiga linda, eu te amo muito! Sempre!

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Desabafo


Para ler ouvindo: Because of you – Kelly Clarkson.


Acabei de ver um anuncio aqui na internet e lembrei-me de você. Sempre lembro tanto de você nessa época, que chega a me incomodar profundamente. Essa falta, essa tristeza, angustia e raiva que sinto por não te ter por perto. Sinto falta sabe? Muita falta. Posso nunca ter dito que te amava, ou se disse nunca foi sincero. Perdoa-me pela franqueza, mas nunca foi. Eu nunca te amei. Hoje posso ver com clareza isso, esses 17 anos sem te ter por perto, sem representação sua que me vale-se a pena, sem você representar o seu devido papel na minha vida isso congelou meu coração pra certas emoções, se sou hoje do modo que sou, sinto que você tem boa parcela de culpa no cubinho de gelo que me tornei, da minha falta de confiança nas pessoas, do meu acanhamento em expressar as emoções, você tem culpa “da mulher toura, de pedra” que sou hoje. Não é querendo te culpar, não, não! Como posso pedir amor de um ser que não sabe o que é isso?Só hoje eu consigo entender... Você não me deu amor não porque não quis, mas porque você não sabe o que é amar. Nem a você mesmo. Você nem mesmo tem amor próprio, como pode amar a mim? Todos os anos, digo a mim mesma para não ligar para essa data, é apenas uma data ora bolas. Como qualquer outra, apenas isso! É apenas uma forma desse mundo capitalista ganhar dinheiro (é a minha desculpinha interna, hehe’) Mas não tá adiantando... Porque me dói comprar presentinhos pra você, entregá-los sabendo que você nem ao menos sabe quantos anos eu tenho, ou qual seria a data do meu aniversário... Sabe aquela canetinha que ganhei juntamente com o único presente de aniversário que você me deu na vida? È, isso mesmo, eu guardei. O presente em si, não me pergunte mais onde anda afinal, ele era apenas uma desculpa pra te ter naquele dia comigo. Mas você não entendeu o recado, achou que era apenas comprar um presente caro, me levar pra lanchar com uma amiguinha e pronto. (Puff) Assim como num passe de mágica eu ia achar que tinha um PAI. Mas deixa eu te dizer uma coisa: Eu nunca quis presentes, eu nunca quis lanchinhos ou ceninhas patéticas de “eu tenho um pai, mesmo que de mentira”. Eu queria “O PAI”, daquele tipo que as criançinhas acham que são super- heróis, que leva por parquinho, que põe pra dormir, que diz que ama que abraça que beija... Será que isso lhe custaria mais do que aquele brinquedo? Hoje entendo que sim, porque expressar amor pra você custa mais do que qualquer outra coisa.
E por fim você acabou virando apenas um tema para um bom texto.



Because of you
I never stray too far from the sidewalk
Because of you
I learned to play on the safe side
So I don't get hurt
Because of you
I tried my hardest just to forget everything
Because of you
I don't know how to let anyone else in
Because of you
I'm ashamed of my life because it's empty
Because of you
I am afraid

Because of you

Because of you

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Nunca mais conto de fadas


Nada me inspira mais a escrever que uma boa música. E ai vai a dica: NANDO REIS. Ah, Nando Reis, sem dúvida me entende. Tudo. Ele entende tudo. Uma parte em uma das músicas que tanto amo me chamou atenção... “e viveram felizes... para sempre” (8). E pode parecer mentira ou que to inventando isso apenas pra dar graça ao texto, mas juro que não, eu estava pensando exatamente nisso pouco antes de escrever, nesse tal, “felizes para sempre”. Lembro-me de uma época em que vivia amargurada com os amores e desamores (que ver assim, sou uma velha, haha’), mas estou me referindo aquela época em que a cada dia se encontrar e se perde um “amor” , os amores platônicos ein?! Pressinto balõezinhos de lembranças no ar... haha’ , não fugindo do foco... Estava dizendo, que me lembro de uma comunidade que dizia ‘ NÃO TE JURO AMOR ETERNO’ e eu pensei:

- É! Essa é a minha comunidade! \o/

Não pense que não sou romântica ou nada parecido, mas tento ser mais racional, desculpa, sou uma virgiana , tá?! Quem é do signo de virgem sabe, não gostamos de fantasiar coisas, somos diretas, praticas e objetivas. Tá bom, tá bom, às vezes fria! Mas pensa comigo, se pelo menos quatro mulheres a cada dez, pensasse um pouco menos com o coração e mais com a cabeçinha, existiriam menos filmes românticos, menos sofrimento, menos canalhas.. .Safados... Opa, opa! To levando a sério o papo aqui, mas seriamos menos “cinderelas” para sermos mais “Rainha Elizabeth I”, e não iríamos precisar de livrinhos de alto ajuda ou filminhos para nos dizer se eles estão ou não afim da gente, nos saberíamos! Assim, no ato! Sabe por quê? Porque não esperaríamos por eles para achar nossos sapatinhos de cristal perdido depois da meia noite, ou sendo mais prática por telefonemas que nunca virão ou juras de amores enganosas. Desculpa estragar seu conto de fada perfeito, mas o príncipe não existe. O pra sempre também não. Apenas existe o agora! E antes que você se prenda a esperar pelo príncipe, pelo pra sempre e juras eternas de amor, te revelo que: Somos muito mais que espera! Então, não fique ai esperando e fantasiando. Dê uma chance aquele carinha da faculdade, do colégio, do trabalho... Dê uma chance ao real... E ao presente!

Deixe os contos de fada pros livros infantis.